Nascimento: Edgewood, Pensilvânia.
Nobel: o Prêmio Nobel da Química de 2018 pela sua investigação na evolução de enzimas.
Carreira: No final dos anos 80 e início dos anos 90, as pesquisas que usavam enzimas para catalisar reações químicas eram muito difíceis, porque a abordagem típica envolvia tentar descobrir, desde os primeiros princípios, como alterar uma enzima. Então Arnold decidiu usar uma abordagem diferente: a da evolução. Ela alterou o enyzmesubtilisina E, que quebra a proteína caseína, para que funcionasse no solvente dimetilformamida (DMF) em vez de no ambiente aquoso de uma célula. Ela introduziu muitas mutações aleatórias no código genético das bactérias que produziam a subtilisina E, e introduziu suas enzimas mutadas em um ambiente que continha DMF e caseína. Ela selecionou a nova enzima melhor para quebrar a caseína no DMF e introduziu mutações aleatórias nessa enzima. Após três gerações, ela acabou com uma subtilisinaE mutada que era 256 vezes melhor em quebrar a caseína na DMF do que a original.
Arnold e seus colegas de trabalho estenderam a técnica da evolução enzimática direcionada para alterar as enzimas por reações que nenhuma enzima havia catalisado antes. Eles também desenvolveram enzimas para produzir substâncias com ligações que não ocorrem na biologia, como ligações entre carbono e silício e carbono e boro.
Arnold co-fundou duas empresas com base em seu trabalho. A Gevo, fundada em 2005, usa levedura para produzir isobutanol, que pode ser usado no lugar do etanol na produção de combustível. A Provivi, fundada em 2013, altera os feromônios dos insetos para que as pragas prejudiciais às culturas não possam se acasalar.
Vida: Arnold formou-se em engenharia mecânica e aeroespacial pela Universidade de Princeton em 1979 e fez doutorado em engenharia química pela Universidade da Califórnia em Berkeley em 1985.
Arnold é filha do físico nuclear William Howard Arnold e cresceu em Pittsburgh. Quando estudante do ensino médio pegou carona para Washington, D.C., para protestar contra a Guerra do Vietnã. Viveu sozinha trabalhando como garçonete em um clube de jazz e trabalhando como motorista de taxi.
Atualmente Frances Arnold vive em La Cañada Flintridge, Califórnia, e tem três filhos. Foi diagnosticada com câncer de mama em 2005, sendo uma sobrevivente do câncer.
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