Nascimento: Londres, Inglaterra.
Morte: 16 de abril de 1958, também em Londres, vítima de câncer nos ovários.
Carreira: Entrou (1938) no Newnham College, Cambridge, graduando-se em físico-química (1941). Dedicando-se aos estudos de cristalografia por raios-X, iniciou-se como pesquisadora (1942) analisando a estrutura física de materiais carbonizados. Trabalhando no British Coal Utilization Research Association, onde desenvolveu estudos fundamentais sobre as microestruturas do carbono e do grafite, base de seu doutorado em físico-química pela Cambridge University (1945), no esforço de guerra da Inglaterra na segunda guerra mundial.
Trabalhando em Paris (1947-1950), no Laboratoire Central des Services Chimiques de L’Etat, usou a técnica da difração dos Raios-X para análise de materiais cristalinos. Voltando para a Inglaterra, após a guerra, dedicou-se inteiramente ao estudo da estrutura do DNA trabalhando no King’s College, de Londres. Juntou-se a equipe de biofísicos do King’s College Medical Research Council (1951) e com Raymond Gosling no laboratório de biofísica do britânico Maurice Wilkins, e iniciou a aplicação de estudos com difração do raio-X para determinação da estrutura da molécula do DNA. Esteve prestes a desvendar a estrutura do DNA e seus achados foram fundamentais para que o bioquímico norte-americano James Dewey Watson e os britânicos Maurice Wilkins e Francis Crick confirmar a dupla estrutura helicoidal da molécula do DNA, dando-lhes o Nobel de Medicina ou Fisiologia (1962), tendo nela a grande injustiçada, especialmente por ser mulher.
Vida: Seu pai era Ellis Arthur Franklin (1894-1964), um banqueiro mercantil politicamente liberal que ensinava no Working Men’s College da cidade, e sua mãe, Muriel Frances Waley (1894-1976). Rosalind era a filha mais velha e o segunda filha da família de cinco filhos. Os pais de Franklin ajudaram a estabelecer os refugiados judeus da Europa que haviam escapado dos nazistas, particularmente os do Kindertransport.
Desde a infância, Franklin mostrou habilidades escolares excepcionais. Aos seis anos, ela se juntou ao seu irmão Roland na Norland Place School, uma escola particular no oeste de Londres. Naquela época, sua tia Mamie (Helen Bentwich) descreveu-a para seu marido: “Rosalind é alarmantemente inteligente – ela passa todo o tempo fazendo aritmética por prazer e invariavelmente obtém suas somas corretas”. Ela também desenvolveu um interesse em cricket e hóquei. Aos nove anos, entrou em um internato, Lindores School for Young Ladies em Sussex. Aos onze anos, foi para a St Paul’s Girls’ School, West London, uma das poucas escolas de meninas em Londres que ensinava física e química. No St. Paul, ela se destacou em ciência, no Latim e no esporte. Ela também aprendeu alemão e tornou-se fluente em francês, idioma que mais tarde seria útil. Ela foi a melhor em suas aulas e ganhou prêmios anuais.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/rosalind-elsie.htm
